Sua revista escolar de filosofia.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Você é uma pessoa íntegra?


Uma palavra pode resumir a relação entre honra e autoconfiança:

integridade.

Será que sim?

Integridade é coerência entre os diferentes níveis de desejos, comprometimentos e ações. 

Para a filosofia prática, ela expressa um caráter confiável harmônico cujas atitudes podem servir de modelo de conduta por realizar valores positivos, úteis, sejam eles princípios deontológicos ou consequencialistas.

Se a honra for tomada por valor de bem, ela se impõe como dever. Uma vez admitido, este dever se transforma em parâmetro prático. O indivíduo honrado não age por interesse outro, mas por autonomia e no cumprimento do dever. 

Não trai e não se trai, ao modo kantiano, porque seu dever está acima de tudo. Se a honra for aplicada por razão de sua consequência, ela é preferível enquanto produzir resultados bons para o sujeito e a sociedade.

A ação é convicta, intra e intersubjetivamente.


"Uma pessoa carece de integridade caso aja contrariamente a seus comprometimentos ou valores de ordem superior, porque ela não seria verdadeira para consigo própria, agindo em oposição ao que é importante para ela." FURROW, Dwight. Ética. p. 146.




Você se considera íntegro?



imagens: Filosofía Hoy, Amazon


sábado, 12 de dezembro de 2015

Um belo plágio

A filosofia está por aí.

Não pertence a ninguém, é de cada um.

Como diz Comte-Sponville, "trata-se de pensar melhor para viver melhor." 

Pensamos melhor quando pensamos por nós mesmos, mesmo que cheguemos às conclusões de outros. A diferença é que não aceitamos por aceitar, mas concordamos por convicção e aderimos com crítica autônoma ao saber que faz sentido e serve à conduta.

Por exemplo, a pergunta elementar da ética, "como viver?" é o despertar de muita filosofia.
E no filosofar, podemos trazer à argumentação o pensamento de quem nos antecedeu.

A citação de Jim Morrison, vocalista do The Doors e um dos mais influentes artistas do século XX, segundo a revista espanhola Filosofía Hoy, revive o pensamento de Epicuro, mestre do hedonismo grego do século IV a.C.

Vamos ver o que diz Epicuro:

"Habitua-te a pensar que nada é a morte para nós: pois todo mal e todo bem se acham na sensibilidade: e a morte é a privação da sensibilidade. O mais horrendo dos males, então, a morte, nada representa para nós: pois, enquanto existimos, a morte não existe, e, quando existe a morte, então nós já não existimos. Por isso, é insensato aquele que diz temer a morte, não porque lhe doerá quando ela chegar, mas porque lhe dói ao prevê-la [...]" (Epicuro, apud Mondolfo, p. 79) 

Agora, o que diz Morrison, conforme a revista: 



Ayer fue el aniversario del nacimiento de Jim Morrison, poeta y vocalista de la banda estadounidense The Doors.
Nos quedamos con esta cita suya, que bien podría haber salido de la boca del mismísimo Epicuro. ¿No creéis?


Então, não é um belo plágio?

imagem: Filosofía Hoy