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terça-feira, 23 de junho de 2020

Ordem Social

Como estudamos, a Sociologia surge em um contexto histórico de severas mudanças sociais na Europa, a partir das transformações provocadas pela Revolução Francesa e depois, a Revolução Industrial. Significa localizar o período entre os séculos XVIII e XIX.

Retrocedendo um pouco para perceber fatores anteriores, vamos perceber a modernidade chegando com uma nova forma de compreender a natureza, o homem e a sociedade quando o paradigma medieval fundamentado em certezas teológicas colocava Deus no centro da vida e das decisões humanas. O desgaste dessa mentalidade levou a cultura europeia a resgatar a figura humana como núcleo da vida e do conhecimento. O Humanismo é reposicionado como centro da cultura e as artes como expressão do gênio criativo humano e as ciências como método de produção de conhecimento vão se consolidando.

Duas classes da ordem social capitalista:
patrão e trabalhadores em fábrica europeia do séc. XIX
Temos, portanto, já no Século XIX, uma sociedade europeia centrada em cidades fabris, com indústrias acumulando trabalhadores livres - liberdade aqui como diferente da servidão feudal e não escravos - empregados, porém, em condições de vida precárias. Nesse cenário as tensões aumentam devido às necessidades dos trabalhadores e as expectativas dos proprietários burgueses e é preciso pensar que sociedade é essa que está surgindo, quais seus mecanismos, seus problemas e suas soluções.

A ciência é o meio para realizar esse trabalho.

Portanto, as Ciências Sociais vão surgir e entre elas, a Sociologia, com papel fundamental a compreender cientificamente como a sociedade deve ser para se desenvolver. Diferentes teorias vão nascer da perspectiva sociológica de descrição do mundo social.

Para entender melhor e revisar o que assuntos que abordamos, o texto abaixo descreve como a Sociologia esteve desde seu início fundamentada na compreensão científica do fenômeno social.

Nessa atividade de leitura você vai desenvolver:

- habilidades de análise textual científica 
- competências de Conhecimento, Argumentação

Vai conhecer mais:

- a história das Ciências Sociais
- fundamentos da Sociologia Clássica
- revisar tópicos trabalhados em aula

Leia o texto abaixo: 


Veja que a ordem social está relacionada ao conjunto funcional da sociedade e a regularidade de processos que, se interrompida, pode levar àquilo que Durkheim chama anomia, como já estudamos. 




segunda-feira, 13 de abril de 2020

Senso comum e ciência

A desigualdade social, como vista na aula anterior, é um fenômeno social relacionado à economia e à política, mas com implicações em todas as dimensões da vida humana, pessoal e coletiva.

As pessoas nem sempre querem abandonar o senso comum.
Entender esse tipo de acontecimento social requer da sociologia estudos metódicos e sistematizados que permitem compreender as causas e avaliar as consequências dos fatos.

A ciência social, portanto, produz conhecimento confiável.

Significa dizer que a sociologia vai além do senso comum e procura explicações plausíveis para o que acontece em sociedade.

De conhecimentos parciais, a sociologia trabalha com métodos científicos para explicar criticamente a experiência coletiva humana.

Vamos à atividade.

Nela você vai pensar mais sobre:

- o senso comum; 
- a utilidade do senso comum para a sociologia.

Agora, leia o livro de sociologia na página 24: "Senso comum e ciência" e responda.

ACESSE AQUI O LIVRO E SOCIOLOGIA

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A VERSÃO DA EDITORA PODE NÃO CARREGAR NO CELULAR. 

1 - Explique como o senso comum é definido e diga porque senso comum e opinião se identificam, já que você está estudando esse assunto também em filosofia.

2 - Por que o senso comum oferece certo conforto ou confiança às pessoas? 

3 - Explique por que  o senso comum é importante para a ciência apesar de ser um tipo inferior de conhecimento em relação ao científico. 

ENVIE SUAS RESPOSTAS PARA O E-MAIL

humanasisabel@gmail.com

O senso comum e a ciência dizem pra você: #FiqueEmCasa

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Sociedade do excesso

O eu teria vencido o nós?

O fim do Comunismo como bloco político em oposição ao Capitalismo dissolveu com a ruptura que havia entre dois mundos dividos por oposição de doutrina política e sistema econômico. O princípio comunista é o bem da coletividade, enquanto que o capitalista é o do indivíduo.

Desde o final dos anos 80 o que se percebeu foi a progressiva difusão do liberalismo de mercado onde antes havia estados comunistas, da expansão reforçada do capitalismo e com ela padronizações culturais em volta do consumo como atividade fundamental da sociedade. Junto houve o crescimento do hedonismo, do imediatismo, do individualismo, do egoísmo, das relações superficiais e da sensação de solidão.

Vivemos para produzir e consumir.
Sem saciedade.

A ideologia por trás afirma que só assim se está inserido e se pode ser feliz. Fora deste ciclo, é impensável existir e a angústia surge como sinal do medo desta morte social.

Gilles Lipovetsky, filósofo e sociólogo francês, tem como conceito chave de seu pensamento o que chama de cultura-mundo. Construída sob 5 eixos básicos, o mercado, a ciência, a informação, a indústria cultural e as tecnologias de comunicação/individualização, a cultura-mundo é um paradigma de valor atribuído pela sociedade planetária ao bens consumíveis, sejam eles produtos ou marcas, objetos ou signos. Segundo Lipovetsky, as sociedades globais repetem este comportamento chamado de cultura-mundo que, se por um lado trouxe maior liberdade aos indivíduos, provocou a desorientação. Isto ocorreu devido ao excesso de oferta de todo o tipo de coisa: objetos, serviços, ideias. Cada um pode hoje falar o que quer e criticar o que pretende. As instituições que antes orientavam dando noções de certeza e erro, hoje se perdem no balcão comum e disputam a atenção do homem-consumidor que tem o poder de escolher, porém não sabe muito bem o que escolher.

Em uma reportagem de 2010 publicada pelo Jornal de Notícias, de Portugal, Gilles Lipovetsky expõe seu pensamento e faz um diagnóstico do presente e um prognóstico do futuro da sociedade destas primeiras décadas do século XXI. Nela, o filósofo afirma que a democracia é o sistema político inevitável para o globo, pois ela significa liberdade de escolha e de expressão. Como no caso dos países árabes que nos últimos anos vê crescer a influência ocidental e reage com violência, o que seria reflexo do medo da perda da identidade islâmica.

A desorientação da qual fala Lipovetsky é parte do perfil da sociedade pós-moderna?
Como não se deixar desorientar? 
A democracia deve ter valor positivo reconhecido em si mesma e ela deve ser preferida e até imposta a outros países com diferentes sistemas políticos e de mercado?
Quais os sinais da cultura-mundo na sociedade brasileira?


fonte: Jornal de Notícias
fotos:  devoir-de-philosophie.com, ig