Não apenas repeti-la como pensamentos transmitidos, mas anunciá-la como aquisição do próprio intelecto.
Esta didática mostra comoventes resultados quando aquele que ensina filosofia percebe o aprendiz filosofando.
Quando se vê um aprendizado construído com base na reflexão que caracteriza a filosofia: uma atividade racional que se aprimora e se expressa com exatidão na linguagem.
É na linguagem que o cosmo, o desejo, o imaginário se elevam até a expressão. Paul Ricoeur
O mundo representado na consciência se torna linguagem para ser exposto, comunicado. Na linguagem mora a filosofia ou como diz Heidegger, a linguagem é a casa do ser, já que nela se manifesta o sentido das coisas.
Sobre isto, a estudante Letícia Lovato, do segundo ano da E. E. E. M. Santa Isabel, em Viamão, RS, filosofou o texto que deixamos para vocês.
A filosofia mora na linguagem
Para começar eu nunca entendi muito de filosofia, por isso
talvez não saiba falar sobre esse assunto direito, mas refletir sobre isso é uma
coisa que me ajuda a construir minha própria opinião sobre acontecimentos e
tudo mais que é discutido na filosofia.
Então na minha
opinião a filosofia mora na linguagem porque geralmente nos vários tipos de linguagem
que tem, a filosofia está presente na forma de se expressar, até de se comportar.
Filosofia e linguagem são duas coisas que na minha opinião andam juntas, porque
filosofia é estudo do pensamento, lógica, questionamentos, entre várias outras coisas, mas enfim acho que se não
fosse pela linguagem a filosofia não poderia ser isso, e por exemplo, como vamos
achar lógica nas coisas se não for ter uma linguagem certa sobre aquilo, pra te
explicar e te fazer compreender a lógica do que está sendo falado, e como vamos
questionar sem uma linguagem certa junto com a filosofia?
Letícia
RICOEUR, Paul. O conflito das interpretações. 1978.
imagens: Letícia Lovato; tcd
Texto e imagem publicados com autorização de Letícia Lovato