Sua revista escolar de filosofia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Escola para quê?

CONTEÚDO DA AULA REMOTA - FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO - 30CN #9

O título provoca inquietação?

Para que precisamos da escola?

A escola desempenha qual função no mundo intercultural, transnacional e tecnológico de hoje?

E escola educa com qual objetivo?

Você, caro estudante que se prepara para a provável carreira de professor, seja de qual nível for, tem diante de si a complexa tarefa de construir sujeitos históricos.

Isso pode ser resumido de maneira simplificada e incompleta, mas também clara: construir sujeitos históricos é construir sujeitos do seu próprio tempo.

Quais as características do nosso tempo?

Como a escola contribui para reproduzir ou transformar as características do tempo alterando no presente a sociedade que fará o futuro?

A ação pedagógica, como a estamos refletindo e nisso filosofando sobre o conceito de educação, ao não ser neutra, pratica escolhas e interfere na realidade porque ela é uma teoria sendo colocada em prática, como você tantas vezes já deve ter ouvido, lido, comentado.

Desse modo, ser consciente da sua função e da dimensão social que ela representa é a maneira de se construir também como um sujeito histórico crítico e ativo em colaboração com a sociedade de seu tempo e comprometido com o futuro. 

No encontro anterior, falamos sobre VALORES e como eles são constituídos, expressando preferências qualitativas em função de objetos que norteiam ações.

Vimos que podemos melhor identificar nossa compreensão de mundo - estabelecer juízos - relacionados aos fatos, que são descritivos e objetivos, e relacionados aos valores, que são predicativos e subjetivos.

Percebemos também que há no Brasil, de modo geral, uma disparidade entre realidades de classes pela distribuição de renda e isso tem impacto intenso no acesso das populações mais pobres aos bens culturais materiais e imateriais, entre os últimos estão a produção cultural de qualidade - com conteúdo crítico e transformador - e a educação.


Nas trilhas percorridas por nós, temos cruzamentos e paralelismos entre a educação e a atividade política que para essa jornada é entender que toda a nossa ação civilizada se dá em sociedade, naquilo que os latinos chamam civitas e os gregos polis, a "cidade e a cidadania".

POLIS  = CIDADE → A atividade que se relaciona com a cidadania 
é política porque diz respeito à polis. 


Para avançar no percurso, vamos ler um trecho de um texto daquele que é um dos mais prestigiados intelectuais brasileiros, Paulo Freire (veja a biografia dele aqui). A polêmica em torno da sua obra se dá justamente por ela ser crítica e expor elementos fortes da sociedade de classes desigual e das diferenças de privilégios que há não só no Brasil, mas em qualquer sociedade socialmente injusta. Freire denuncia a desigualdade porque ele é um democrata e nas democracias, desigualdades provocadas por privilégios são uma contradição ao princípio de igualdade universal de oportunidades. Para ele a educação é um bem universal público.

Esse texto vai nos permitir pensar mais nas questões lá do começo da postagem:

Escola para quê?

O que ela têm feito para melhorar nossa sociedade está correto?
Precisa mudar?
Em quais pontos?

Meu, vem ver o
bigode desse cara!
Para ajudar nessa crítica, vamos deixar também um vídeo divertido, mas sério.

O retrato de um aluno que tinha na escola, na família e na sociedade uma barreira para o seu aprendizado.

Até o dia em que ele conheceu um dos filósofos mais geniais e revolucionários da história: Friedrich Nietzsche! 

O que terá acontecido com esse menino?
O que a escola fez com ele?
O que a escola fez consigo mesma?

Ficou curioso?!

Então, volte lá no AVA Sala de Aula e confira!

Acesse os materiais e faça a atividade.

Espero que você goste!!

charles-ddalberto@educar.rs.gov.br 

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