Na linha de pensamento que inclui nomes como Aristóteles - valorização do ócio- , Bertrand Russell e Domenico De Masi, o intelectual holandês Rutger Bregman propõe uma reforma no sistema capitalista que passa pela distribuição universal de renda e a diminuição da jornada de trabalho.
A ideia de transferir recursos à população teria como propósito minimizar as diferenças sociais como efeito primário e garantir com isto uma equalização possível da renda.
Seria possível?
Para Bregman o recurso atacaria um problema histórico do capitalismo: a pobreza e seus custos imensos para governos e sociedades.
Outro reflexo estaria na autonomia dos cidadãos para realizar tarefas profissionais de predileção uma vez que possuem o recurso material e tempo. Este último excede, como descreve De Masi, devido à tecnologia e as transformações provocadas por ela na era pós-industrial.
Ação que vai ao encontro do estado de bem-estar e do projeto socialista, porém liberal, que devolve ao trabalhador a prerrogativa de realização pessoal por meio da atividade profissional ou seja, pelo combate à alienação apontado por Marx, ideal às sociais democracias.
O projeto prevê a valorização do mérito ao mesmo tempo em que resgata o papel social do liberalismo e afirma a confiança na maturidade dos indivíduos para a aplicação consciente dos recursos.
A entrevista com Bregman sobre seu livro Utopia para realistas, que trata de temas polêmicos como renda, trabalho e imigração, está no El País. (clique aqui e leia).
imagens: Rising Up, Consciência Política
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