Salve, estudante!
Você gosta de aprender brincando?
E de brincar aprendendo?
A partir de agora nós vamos pensar uma pouco mais a respeito do ato de brincar como uma ação pedagógica de altíssimo valor para nós, educadores ou futuros educadores e também seres humanos que procuram extrair o prazer da vida para viver bem, óbvio.
Talvez vocês já tenham notado que esse assunto vai ao encontro do vídeo atribuído à turma onde Edgar Morin fala sobre a vida em prosa e a vida em poesia.
Quer dizer, aquilo que fazemos como compromisso e que os dá desgosto e aquilo que fazemos por alegria e sentido de realização.A educação como processo formal pode e deve incorporar a alegria e promover assim a sensação de diversão e satisfação em aprender. Caso contrário, ela se torna uma atividade cansativa e que nos afasta em vez de atrair.
Aqui nós podemos ver um ponto crítico:
quando a alegria está fora da escola, manter-se na sala de aula se torna uma tarefa difícil e assimilar o que é ensinado esbarra em bloqueios.
Em vez de ser poética, se torna uma enfadonha prosa...
Vamos, então, a algumas considerações sobre a importância pedagógica do ato de brincar.
BRINCO, LOGO EXISTO
Parafraseando o filósofo René Descartes (1596-1650) que disse "Penso, logo existo" como a síntese da certeza ontológica humana, quer dizer, enquanto eu penso eu tenho a única certeza indubitável de que estou realmente existindo, podemos afirmar que o ser humano é muito mais do que sua inteligência lógica.
Descartes - filósofo e matemático |
O que queremos dizer é que o ser humano de todas as idades também brinca, também se diverte e que o aprendizado humano não abre mão das sensações positivas do divertimento, do brincar como um fazer estético.
Então, o homem (humanidade) brinca ao longo de toda a existência, na infância, na idade adulta e na velhice, o que é comprovado com uma simples experiência de convívio ou de autoconsciência.
Bom, mas por que é assim?
PENSAR E SE DIVERTIR
De acordo com Johan Huizinga, a dimensão ludens, quer dizer lúdica, do ser humano está presente desde a formação das primeiras sociedades. Ela se manifesta na cultura dos jogos, das festas, das celebrações e está conectada à interatividade, ao intercâmbio de experiências e àquilo que se chama vínculo entre as pessoas.
Huizinga - historiador holandês |
Essa dimensão lúdica, que expressa o lado imaginativo, criativo e alegre, coexiste com a dimensão sapiens, que expressa o conhecimento racional humano.
Assim, pensar e se divertir fazem parte da vida humana em sua integralidade.
Portanto, os processos educativos informais, não formais e formais fazem bem ao considerar em suas manifestações o perfil total do ser humano naquilo que se refere ao seu ser e como ele aprende.
Na escola, a sistematização do ensino-aprendizagem que valoriza a dimensão lúdica em sua organização tende a criar a atmosfera positiva apropriada ao bem-estar não somente do aluno menor, mas também dos adultos, sejam aprendizes ou profissionais.BRINCAR É COISA SÉRIA
De acordo com os professores Carlos Medrano e Fernanda Germani, a atenção da ciência passou a ser maior sobre o ato pedagógico de brincar a partir de século XIX. Significa que mesmo sendo um traço humano, brincar nem sempre foi visto com parte do processo de aprendizagem e construção da psicologia humana.
Um dos motivos está na tradição anterior que dava maior destaque ao lado racional humano e àquilo considerado conhecimento legítimo.
Incorporar investigações sobre a seriedade e necessidade da brincadeira na formação humana tem sido uma atitude que desafia as barreiras epistemológicas que resistem ao novo e também uma ruptura que leva a outros olhares sobre a atividade docente como parte da educação em suas diferentes formas.
Medrano e Germani - Conceitos sobre o brincar. 2011. |
Então, você acha que brincando fica mais fácil ensinar e aprender?
Volte agora ao AVA Sala de Aula que já um exercício para você se divertir lá!