Lúcio Anneo Sêneca nasceu em Cordoba, na Espanha, em 3 d.C. e morreu em 65, cortando as veias. O suicídio foi imposto pelo imperador Nero, de quem foi mestre.
O pensador é um dos expoentes do Estoicismo Romano, um período onde fundamenta-se a Filosofia Eclética, herdeira do helenismo, do qual se apropria Roma, e impregnada de elementos do pensamento oriental e do Cristianismo nascente.
O Filosodrops de Natal é um fragmento de Sêneca sobre a virtude, a liberdade e a tranquilidade do espírito.
"Liberdade não significa nada sofrer. É um erro. Liberdade é colocar a alma acima das injúrias, e conseguir transformar-se a si mesmo de tal maneira, que seja possível extrair unicamente de si mesmo as próprias satisfações." (De const. sap., XIX, 2)
Do que nos fala Sêneca?
Light up, philosopher!
fontes: La Felicità
O pensamento antigo
foto: it.facebook
Sua revista escolar de filosofia.
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Deus com isso
As aulas retornaram na cidade de Newtown, em Connecticut, leste dos Estados Unidos.
Menos na escola elementar Sandy Hook, onde na sexta-feira passada, (14), um jovem de 20 anos abriu fogo e matou 20 crianças e 6 funcionários da instituição.
O massacre chocou o mundo.
Foi a repetição de um comportamento violento e destrutivo que já fez dezenas de vítimas nos Estados Unidos. O episódio deu força à discussão sobre o porte de armas de fogo no país, pendendo positivamente para o lado do grupo que defende a restrição.
O fato poderia ser evitado?
No que depende da ação do atirador, sendo ele, como cada um, livre para deliberar e decidir, pode-se afirmar que sim.
O matador poderia não ter realizado aquilo que realizou se o livre-arbítrio for admitido. E esta já seria uma longa questão a ser avaliada e certamente está aberta aqui no Filosofósforos.
Mas pensemos em Deus.
Admitindo sua existência e seus atributos, Deus onisciente sabia que isto iria acontecer?
Há determinismo em tudo o que ocorre?
Deus, sabendo, pois necessariamente precisa saber, poderia ter evitado?
Se poderia, e isto confirma sua onipotência, por que não o fez?
E quanto às tragédias naturais como o tsunami da Indonésia, o terremoto do Haiti e o tsunami do Japão, apenas para marcar algumas das catástrofes deste século?
Onde fica Deus diante da presença do Mal no mundo?
O problema do Mal é uma das grandes questões da Filosofia.
Diz Epicuro (341-270 a.C.): "Deus ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que, do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente, portanto, nem mesmo é Deus. Se pode e quer, o único que convém a Deus, de onde provém então a existência dos males? Por que não os impede?" (fragmento 374 Usener)
Qual a conclusão de Epicuro?
O que outros filósofos dizem sobre o problema do Mal?
Deus existe?
fonte: Terra
fotos: redebomdia, sapo.pt,cultcarioca
Menos na escola elementar Sandy Hook, onde na sexta-feira passada, (14), um jovem de 20 anos abriu fogo e matou 20 crianças e 6 funcionários da instituição.
O massacre chocou o mundo.
Foi a repetição de um comportamento violento e destrutivo que já fez dezenas de vítimas nos Estados Unidos. O episódio deu força à discussão sobre o porte de armas de fogo no país, pendendo positivamente para o lado do grupo que defende a restrição.
O fato poderia ser evitado?
No que depende da ação do atirador, sendo ele, como cada um, livre para deliberar e decidir, pode-se afirmar que sim.
O matador poderia não ter realizado aquilo que realizou se o livre-arbítrio for admitido. E esta já seria uma longa questão a ser avaliada e certamente está aberta aqui no Filosofósforos.
Mas pensemos em Deus.
Admitindo sua existência e seus atributos, Deus onisciente sabia que isto iria acontecer?
Há determinismo em tudo o que ocorre?
Deus, sabendo, pois necessariamente precisa saber, poderia ter evitado?
Se poderia, e isto confirma sua onipotência, por que não o fez?
E quanto às tragédias naturais como o tsunami da Indonésia, o terremoto do Haiti e o tsunami do Japão, apenas para marcar algumas das catástrofes deste século?
Onde fica Deus diante da presença do Mal no mundo?
O problema do Mal é uma das grandes questões da Filosofia.
Diz Epicuro (341-270 a.C.): "Deus ou quer impedir os males e não pode, ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não pode é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso, o que, do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e impotente, portanto, nem mesmo é Deus. Se pode e quer, o único que convém a Deus, de onde provém então a existência dos males? Por que não os impede?" (fragmento 374 Usener)
Qual a conclusão de Epicuro?
O que outros filósofos dizem sobre o problema do Mal?
Deus existe?
fonte: Terra
fotos: redebomdia, sapo.pt,cultcarioca
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Sociedade do excesso
O eu teria vencido o nós?
O fim do Comunismo como bloco político em oposição ao Capitalismo dissolveu com a ruptura que havia entre dois mundos dividos por oposição de doutrina política e sistema econômico. O princípio comunista é o bem da coletividade, enquanto que o capitalista é o do indivíduo.
Desde o final dos anos 80 o que se percebeu foi a progressiva difusão do liberalismo de mercado onde antes havia estados comunistas, da expansão reforçada do capitalismo e com ela padronizações culturais em volta do consumo como atividade fundamental da sociedade. Junto houve o crescimento do hedonismo, do imediatismo, do individualismo, do egoísmo, das relações superficiais e da sensação de solidão.
Vivemos para produzir e consumir.
Sem saciedade.
A ideologia por trás afirma que só assim se está inserido e se pode ser feliz. Fora deste ciclo, é impensável existir e a angústia surge como sinal do medo desta morte social.
Gilles Lipovetsky, filósofo e sociólogo francês, tem como conceito chave de seu pensamento o que chama de cultura-mundo. Construída sob 5 eixos básicos, o mercado, a ciência, a informação, a indústria cultural e as tecnologias de comunicação/individualização, a cultura-mundo é um paradigma de valor atribuído pela sociedade planetária ao bens consumíveis, sejam eles produtos ou marcas, objetos ou signos. Segundo Lipovetsky, as sociedades globais repetem este comportamento chamado de cultura-mundo que, se por um lado trouxe maior liberdade aos indivíduos, provocou a desorientação. Isto ocorreu devido ao excesso de oferta de todo o tipo de coisa: objetos, serviços, ideias. Cada um pode hoje falar o que quer e criticar o que pretende. As instituições que antes orientavam dando noções de certeza e erro, hoje se perdem no balcão comum e disputam a atenção do homem-consumidor que tem o poder de escolher, porém não sabe muito bem o que escolher.
Em uma reportagem de 2010 publicada pelo Jornal de Notícias, de Portugal, Gilles Lipovetsky expõe seu pensamento e faz um diagnóstico do presente e um prognóstico do futuro da sociedade destas primeiras décadas do século XXI. Nela, o filósofo afirma que a democracia é o sistema político inevitável para o globo, pois ela significa liberdade de escolha e de expressão. Como no caso dos países árabes que nos últimos anos vê crescer a influência ocidental e reage com violência, o que seria reflexo do medo da perda da identidade islâmica.
A desorientação da qual fala Lipovetsky é parte do perfil da sociedade pós-moderna?
Como não se deixar desorientar?
A democracia deve ter valor positivo reconhecido em si mesma e ela deve ser preferida e até imposta a outros países com diferentes sistemas políticos e de mercado?
Quais os sinais da cultura-mundo na sociedade brasileira?
fonte: Jornal de Notícias
fotos: devoir-de-philosophie.com, ig
O fim do Comunismo como bloco político em oposição ao Capitalismo dissolveu com a ruptura que havia entre dois mundos dividos por oposição de doutrina política e sistema econômico. O princípio comunista é o bem da coletividade, enquanto que o capitalista é o do indivíduo.
Desde o final dos anos 80 o que se percebeu foi a progressiva difusão do liberalismo de mercado onde antes havia estados comunistas, da expansão reforçada do capitalismo e com ela padronizações culturais em volta do consumo como atividade fundamental da sociedade. Junto houve o crescimento do hedonismo, do imediatismo, do individualismo, do egoísmo, das relações superficiais e da sensação de solidão.
Vivemos para produzir e consumir.
Sem saciedade.
A ideologia por trás afirma que só assim se está inserido e se pode ser feliz. Fora deste ciclo, é impensável existir e a angústia surge como sinal do medo desta morte social.
Gilles Lipovetsky, filósofo e sociólogo francês, tem como conceito chave de seu pensamento o que chama de cultura-mundo. Construída sob 5 eixos básicos, o mercado, a ciência, a informação, a indústria cultural e as tecnologias de comunicação/individualização, a cultura-mundo é um paradigma de valor atribuído pela sociedade planetária ao bens consumíveis, sejam eles produtos ou marcas, objetos ou signos. Segundo Lipovetsky, as sociedades globais repetem este comportamento chamado de cultura-mundo que, se por um lado trouxe maior liberdade aos indivíduos, provocou a desorientação. Isto ocorreu devido ao excesso de oferta de todo o tipo de coisa: objetos, serviços, ideias. Cada um pode hoje falar o que quer e criticar o que pretende. As instituições que antes orientavam dando noções de certeza e erro, hoje se perdem no balcão comum e disputam a atenção do homem-consumidor que tem o poder de escolher, porém não sabe muito bem o que escolher.
Em uma reportagem de 2010 publicada pelo Jornal de Notícias, de Portugal, Gilles Lipovetsky expõe seu pensamento e faz um diagnóstico do presente e um prognóstico do futuro da sociedade destas primeiras décadas do século XXI. Nela, o filósofo afirma que a democracia é o sistema político inevitável para o globo, pois ela significa liberdade de escolha e de expressão. Como no caso dos países árabes que nos últimos anos vê crescer a influência ocidental e reage com violência, o que seria reflexo do medo da perda da identidade islâmica.
A desorientação da qual fala Lipovetsky é parte do perfil da sociedade pós-moderna?
Como não se deixar desorientar?
A democracia deve ter valor positivo reconhecido em si mesma e ela deve ser preferida e até imposta a outros países com diferentes sistemas políticos e de mercado?
Quais os sinais da cultura-mundo na sociedade brasileira?
fonte: Jornal de Notícias
fotos: devoir-de-philosophie.com, ig
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Islamismo,
liberdade,
mercado,
Sociologia
domingo, 16 de dezembro de 2012
Fogo de Prometeu
Salve, Filosofósforos!
Prometeu é um ladrão.
Mas seu roubo beneficiou a Humanidade!
O Titã subtraiu do Olimpo o fogo e o entregou aos homens. As chamas, mais do que físicas, são a metáfora do conhecimento. Por sua ousadia, Prometeu foi castigado por Zeus. Acorrentado no Cáucaso, a cada dia uma águia viria comer pedaços de seu fígado, que se regenera e assim sua pena é eterna.
O fogo, porém, está conosco.
Vamos usá-lo mais uma vez.
Do mito ao mito?
Em tempos de comunicação digital, as fronteiras do diálogo ficaram reduzidas ao tráfego de dados. Distâncias físicas já não são impedimentos para a troca de opiniões.
Já em 1974, o canadense Marshall McLuhan, dizia que "a possibilidade de participação pública torna-se uma espécie de imperativo tecnológico que foi chamado "lei do lapão": "se isto pode ser feito, então existe" - uma espécie de canto de sereias do apetite de evolução. (MCLUHAN, Marshall. Journal of Communication, vol. 24, n° 1, p. 57)
Existe, pode ser feito e está sendo.
Como um imperativo da evolução social, conectar-se impõe-se como uma necessidade. O Primeiro Setor (governo), o Segundo Setor (iniciativa privada), o Terceiro Setor (sociedade civil organizada) e o cidadão em sua singularidade, sentem que estar fora do universo virtual é viver em uma dimensão tal que distante daquela onde todos os conectados se encontram.
Como fenômeno, a comunicação global, possibilitada pela tecnologia que por sua vez é resultado dos avanços na Física, traz implicações para o comportamento humano. Muito já se analisa há tempos a respeito. Como os estudos relacionados ao que se chama de Geração Y. (clique sempre no hiperlink para saber um pouco mais.)
Sobre a tecnologia e o impacto na vida das pessoas é o que pretendemos refletir.
Nesta primeira proposta de tema para o fórum Filosofósforos, as perguntas inicias sugeridas são:
O que é a tecnologia?
A tecnologia, por si só, é positiva para a evolução social?
A tecnologia está sendo supervalorizada?
Uma supervalorização da tecnologia pode trazer quais consequências?
Quem quiser participar, precisa apenas escrever seu comentário sobre qualquer uma das questões. O ideal é amparar a opinião em algum pensador. Desta forma, vamos criando um seminário e estimulando a pesquisa e o avanço reflexivo embasado e acadêmico. Os autores citados permanecem ainda como fontes de consulta para interessados no(s) tema(s) debatido(s).
Ilumine e ilumine-se.
fotos: inrj, contosencantar
Prometeu é um ladrão.
Mas seu roubo beneficiou a Humanidade!
O Titã subtraiu do Olimpo o fogo e o entregou aos homens. As chamas, mais do que físicas, são a metáfora do conhecimento. Por sua ousadia, Prometeu foi castigado por Zeus. Acorrentado no Cáucaso, a cada dia uma águia viria comer pedaços de seu fígado, que se regenera e assim sua pena é eterna.
O fogo, porém, está conosco.
Vamos usá-lo mais uma vez.
Do mito ao mito?
Em tempos de comunicação digital, as fronteiras do diálogo ficaram reduzidas ao tráfego de dados. Distâncias físicas já não são impedimentos para a troca de opiniões.
Já em 1974, o canadense Marshall McLuhan, dizia que "a possibilidade de participação pública torna-se uma espécie de imperativo tecnológico que foi chamado "lei do lapão": "se isto pode ser feito, então existe" - uma espécie de canto de sereias do apetite de evolução. (MCLUHAN, Marshall. Journal of Communication, vol. 24, n° 1, p. 57)
Existe, pode ser feito e está sendo.
Como um imperativo da evolução social, conectar-se impõe-se como uma necessidade. O Primeiro Setor (governo), o Segundo Setor (iniciativa privada), o Terceiro Setor (sociedade civil organizada) e o cidadão em sua singularidade, sentem que estar fora do universo virtual é viver em uma dimensão tal que distante daquela onde todos os conectados se encontram.
Como fenômeno, a comunicação global, possibilitada pela tecnologia que por sua vez é resultado dos avanços na Física, traz implicações para o comportamento humano. Muito já se analisa há tempos a respeito. Como os estudos relacionados ao que se chama de Geração Y. (clique sempre no hiperlink para saber um pouco mais.)
Sobre a tecnologia e o impacto na vida das pessoas é o que pretendemos refletir.
Nesta primeira proposta de tema para o fórum Filosofósforos, as perguntas inicias sugeridas são:
O que é a tecnologia?
A tecnologia, por si só, é positiva para a evolução social?
A tecnologia está sendo supervalorizada?
Uma supervalorização da tecnologia pode trazer quais consequências?
Quem quiser participar, precisa apenas escrever seu comentário sobre qualquer uma das questões. O ideal é amparar a opinião em algum pensador. Desta forma, vamos criando um seminário e estimulando a pesquisa e o avanço reflexivo embasado e acadêmico. Os autores citados permanecem ainda como fontes de consulta para interessados no(s) tema(s) debatido(s).
Ilumine e ilumine-se.
fotos: inrj, contosencantar
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