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terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Filosodrops: Sêneca

Lúcio Anneo Sêneca nasceu em Cordoba, na Espanha, em 3 d.C. e morreu em 65, cortando as veias. O suicídio foi imposto pelo imperador Nero, de quem foi mestre.

O pensador é um dos expoentes do Estoicismo Romano, um período onde fundamenta-se a Filosofia Eclética, herdeira do helenismo, do qual se apropria Roma, e impregnada de elementos do pensamento oriental e do Cristianismo nascente.

O Filosodrops de Natal é um fragmento de Sêneca sobre a virtude, a liberdade e a tranquilidade do espírito.

"Liberdade não significa nada sofrer. É um erro. Liberdade é colocar a alma acima das injúrias, e conseguir transformar-se a si mesmo de tal maneira, que seja possível extrair unicamente de si mesmo as próprias satisfações." (De const. sap., XIX, 2

Do que nos fala Sêneca?

Light up, philosopher!

fontes: La Felicità
O pensamento antigo
foto: it.facebook

Um comentário:

  1. Sêneca se refere à liberdade como uma disposição íntima, um estado da alma. Afirma a condição humana de estar sujeito a injúrias ou seja, a todo evento natural e necessário, involuntário, ou efeito da ação voluntária, própria ou de outros. Estar ciente desta condição humana é saber que se sofre inevitavelmente. Superar este sofrimento, para o estoico, é alcançar a compreensão da condição humana e tirar de si mesmo a paz íntima.

    No Estoicismo, o ideal de sabedoria é evitar a perturbação do espírito freando os impulsos irracionais, as chamadas paixões. Anular as paixões, conquistar a apatia e com ela a imperturbabilidade, a ataraxia. Isto se dá com o domínio pleno da razão e seu uso, pois ela é a porção do Logos Universal, divino, no ser individual. Pois para os estoicos, a irracionalidade passional é o vício. A razão, oposta, significa ação virtuosa e sábia.

    Extirpados os vícios, ocorre o desapego e com ele a indiferença. Outra consequência é a autarquia do sujeito, quando se torna suficiente a si mesmo. Eis o estado de paz estoica.

    Uma crítica ao ideal estoico é a geração do egoísmo e, portanto, do individualismo, já que a alma estoica contempla a realidade com distanciamento emocional. O Estoicismo responde afirmando a submissão da alma individual à Razão Universal, ao Logos. Não vê o bem particular, mas o do todo e se entrega ao dever, ora sacrificial, ora não, sem julgamentos. Considera todos os homens iguais por natureza, valor presente depois no Cristianismo.

    MONDOLFO, R. O Pensamento Antigo. Ed. Mestre Jou. São Paulo. 1973.

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