Muitas pessoas vão defender que o belo é o que agrada a cada um e, portanto, não há uma Beleza universal.
Você concorda?

"O juízo estético contém um "dever": os ouros devem sentir como eu sinto e, se isso não ocorre, ou eles estão errados ou eu estou errado." (SCRUTON, p. 123)
Então?
Categórico demais?
Espere. Não rejeite já a afirmação. Em seguida vamos fazer um teste.

O caldeirão de expressões contemporâneas fervilha de manifestações variadas que pretensamente são chamadas de cultura e arte. Porém, muitas não passam de experimentos esteticamente e culturalmente vazios e efêmeros, refletindo o espírito pós-moderno exagerada consumação de tudo. Para Llosa, a decadência faz o homem retroceder à barbárie, de onde saiu pelo refinamento de sua alma, pela cultura de alto nível.
O Belo existe como uma entidade ideal, sinônimo de perfeição, numa dimensão espiritual alcançada pela dialética racional como afirma Platão?
É uma qualidade das coisas e nas coisas, no sentido aristotélico?

Olhe bem essa reprodução da obra de Caravaggio.
Veja os detalhes, a profundidade, a luz, o movimento.
Agora reflita:
Há no objeto características que o fazem belo?
São características universais capazes de sensibilizar qualquer pessoa, elementos que se impõem ao sujeito que os aceita como um dever de reconhecimento à beleza, como propõe Kant?
Ou com o perdão do paradoxo, o Belo é absolutamente relativo?
fontes: SCRUTON, Roger. Kant. Porto Alegre: Editora LP&M, 2011.
Folha de São Paulo
imagens: FolhaSP, ozeas.blogspot.com, patriciadedeus.com.br, caravaggio-foudation.org, luzecalor.blogspot.com
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