Sua revista escolar de filosofia.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Você quer aquilo que quer?

Slavoj Zizek, filósofo contemporâneo em evidência por sua crítica política marxista, teve um pensamento citado há alguns dias pela revista espenhola Filosofía Hoy.

Eis o que publicaram no prefil do Facebook e que também repercutimos na fan page do blog e agora trazemos para cá, para você que não usa a rede social:

"Na realidade não queremos conseguir aquilo que pensamos que queremos."

Você concorda com isto?
Por quê?

Vamos a algumas breves considerações que podem ajudá-lo a refletir.

Queremos e buscamos aquilo que queremos. Mas, quando obtemos a satisfação do desejo, sentimos que ainda nos falta algo e que o objeto cobiçado pode nos dar certo conforto, porém, não nos dá felicidade.
 
É o amor descrito por Platão, do querer ausente.
 
O capitalismo opera despertando desejos e criando necessidades que levam ao consumo com base neste princípio, do desejo em possuir o objeto da felicidade que jamais é atendido. Para compensar a sombra dos impulsos da alma e afastar das ilusões do mundo do devir, alguns filósofos propõem a felicidade no ser eterno e transcendente, infinito e perfeito, ao contrário do homem. Outros oferecem o Estado total, justo e absoluto para criar aqui e agora uma sociedade material e feliz que afaste o sujeito das armadilhas de suas próprias inclinações irracionais e de idealismos improváveis. 

Então, o que você pensa sobre o assunto?

fonte e imagem: Filosofía Hoy/Facebook
 

 

Um comentário:

  1. Edgar Dornelles06 julho, 2014 14:20

    Zizek esclarece bastante esta questao, iniciada por Adorno e Hokaimer na Escola de Frankfurt com o de Industria Cultual. Tenho um grande respeito por este autor, apesar de nao conhecer bem suas obras. Valeu Charles!

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