Sua revista escolar de filosofia.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Era ou não era?

Minha esposa me disse:

"-Hobbes era ateu."

Como assim? Perguntei.

Ela respondeu que leu em uma breve biografia escrita por Nigel Warburton, professor de Filosofia.

Achei estranho, fui investigar o trecho. Realmente afirmava.

Expliquei que não era muito certa a afirmação de Warburton, pois Hobbes usa de teologia e busca nas Escrituras Sagradas recursos para fundamentar o Leviatã, por exemplo. Falei que o inglês poderia sim estar em divergência com a teologia romana e anglicana e que o fato dele ter argumentos mecanicistas em sua filosofia não significaria exatamente que ele era ateu.

Ela não se convenceu muito.

Então, fui buscar uma outra opinião.

Renato Janine Ribeiro, um dos mais importantes filósofos brasileiros, confirma o que penso. Ele escreveu o seguinte:

"Mais que isso, Hobbes afirma que um poder irresistível, como o de Deus, é o único que pode baixar leis sem necessitar do consentimento dos súditos (veja-se o final da segunda parte do Leviatã). Esta curta observação é importante, porque permite contrastar Deus, que legisla sem precisar de nós, com os soberanos deste mundo, que podem legislar sem nossa aprovação a cada lei, mas cujo poder decorre de que em algum momento, imaginado pelo menos, tenha sido aceito pelos súditos o seu princípio. Deus tem um papel no sistema teórico hobbesiano." 





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link: renatojanine.pro.br
fotos: umesbocofilosofico, turmadochapeu

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