Na sequência dos nossos estudos sobre filosofia naturalista, vamos recordar alguns pontos:
- os filósofos naturalistas observaram a natureza para extrair dos fatos a base real de suas teorias;
- procuraram estabelecer a origem da realidade universal, o cosmos com base na observação e na razão, abandoando a cosmogonia presente nas mitologias preservadas pela tradição;
- estabeleceram propostas para a arché (origem) e para a physis (natureza, essência) de todas as coisas (totalidade da realidade) delimitando da onde elas surgiram e porque são como são.
O último filósofo que estudamos foi Parmênides, considerado o "pai da metafísica" porque foi o primeiro a propor que a verdade sobre o Ser (as coisas que existem) é a essência imaterial e racional.
Quer dizer, a aparência das coisas não é sua essência, pois a aparência permite um conhecimento incompleto sobre as coisas. A aparência é o conhecimento adquirido pelos sentidos e os sentidos são incapazes de conhecer a intimidade essencial das coisas.
Para Parmênides, a essência é absoluta, imutável, eterna e por isso não pode existir por um tempo para depois deixar de existir. Aquilo que é, é. Por exemplo, uma fruta... uma banana. Por um tempo ela é verde, depois madura e em seguida apodrece. Para Parmênides, a aparência da banana, captada pelos sentidos físicos como a visão e o olfato, mostra que ela muda, mas é só a aparência.
A verdade sobre a banana é que ela é sempre banana, ou seja, banana é banana (x=x, onde o "x" é a variável substituída pelo termo, pela palavra 'banana", logo, banana=banana) independente de como esteja. Isso que dizer que a banana, mais do que uma coisa, uma fruta do mundo concreto, é uma abstração, um ente abstrato dado pela inteligência lógica, pelo raciocínio e pela capacidade de compreender que há na banana real características abstraídas dela, captadas pela mente e que fazem desse tipo de fruta sempre algo igual em essência, que não muda jamais. Aquilo que o pensamento lógico, o intelecto ou razão conhece do que é uma banana é que é a verdade sobre a banana.
Pensar e ser é a mesma coisa.
A banana pode apodrecer que a ideia, a forma imaterial da banana será sempre a mesma e será indestrutível porque não pertence ao mundo físico, mas ao mundo metafísico (meta=além) + físico, quer dizer, ao mundo além do físico, ao mundo abstrato ou intelectivo, inteligível.
Agora que recuperamos o que nos interessa de Parmênides e do seu imobilismo ontológico (doutrina da imobilidade do Ser) que você já leu também no blog, vamos começar a enfrentar a principal oposição a essa filosofia.
Para isso, vamos chamar ao palco Lulu Santos!!
"Nada do que foi será
De novo do jeito
Que já foi um dia"
Parabéns, Lulu, tu é o cara!!
The voice of philosophy!
Essa canção popular que está na boca do Brasil há décadas, nos faz pensar em algo muito filosófico.
A de que a realidade diante dos olhos jamais fica do jeito que está.
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A aí, prestou atenção na mensagem?!
Beleza, agora volte ao ambiente virtual da sua sala de aula e responda o formulário.
Nessa atividade você vai desenvolver:
- habilidades analíticas textuais em diferentes estilos narrativos
- competências de Repertório Cultural, Pensamento Científico Crítico e Criativo e Conhecimento.
Editado em 09/09/2021
- habilidades analíticas textuais em diferentes estilos narrativos
- competências de Repertório Cultural, Pensamento Científico Crítico e Criativo e Conhecimento.
Editado em 09/09/2021
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